Mari pela Cali: Etapas e burocracias

Oie! Hoje vou falar sobre como foi todo o processo pra mim até agora, meu programa e tudo mais! Comecei o blog com tudo resolvido e pronta pra embarcar, só que não, e por isso não contei todos os detalhes e como foi meu passo a passo, então vou resumir aqui como foi pra mim:

1 - Conversar com os pais

Quando eu era menor dizia que nunca ia fazer intercâmbio e talvez porque eu não gostava de sofrer por saudade. Mas eu tive que lidar com a saudade depois que eu me mudei de Vitória, onde nasci, pro Rio. E depois de novo, do Rio pra São Paulo. Mas isso passou. Comecei a perceber que era isso que eu queria e aos poucos fui comentando com meus pais, até sentar e decidir de verdade.
Meus pais sempre me apoiaram e encorajaram bastante a fazer intercâmbio. Tanto que eu fiz um de 1 mês, em Julho de 2012, em Boston e foi extremamente incrível, sensacional! Foi diferente, porque não fiquei em casa de família, mas sim no campus de uma universidade lá. Conheci gente do mundo todo, fiz passeios turísticos e tinha aulas de inglês pela manhã. Acontece que meus pais dão muito valor ao inglês, já que eles não tiveram a oportunidade de aprender plenamente quando mais jovens e agora sentem muita falta na carreira profissional. Eles dizem que é uma realização poder me proporcionar essa experiência e eu sou muitíssimo grata por isso! <3

2 - Procurar agência e decidir o programa

Eu escolhi fazer o meu intercâmbio pela CI (Central de Intercâmbio). Mas procurei outras agências e a decisão final foi mesmo por ter me dado bem com a agência num todo, ter ouvido experiências de outras pessoas e principalmente, pelo tipo de programa que a CI me oferecia e as demais não. No meu programa, que você escolhe se quer de um ou dois semestres, a escolha do local é sua! Isso mesmo, você escolhe onde quer ficar baseando-se numa lista de opções que a agência te dá. E ai foram muitas pesquisas sobre cada lugarzinho, desde cidades grandes até cidades bem pequenas. Pra mim essa parte foi muito difícil, porque eu queria procurar sobre todos, sem filtrar de acordo com as minhas preferências antes. Além de ter levado muito tempo, é difícil encontrar no google fotos e informações sobre a vida cotidiana nesses lugares. O que você encontra são dados demográficos, por exemplo. Enfim, como sempre tive uma queda, quer dizer, um abismo, pela Califórnia foi nela que foquei e já me apaixonei por Morgan Hill.

3 - Fazer o SlepTest

Bom, o SlepTest é uma prova pra saber do seu nível de inglês e se você tem o básico pra poder se comunicar e se virar nos Estados Unidos. Eu achei bem tranquilo, tem em torno de 150 questões múltipla-escolha!

4 - Preencher o Application

Eita, o famoso application! É um documento que pergunta de suas informações básicas, seus pais e irmãos, seus gostos, suas habilidades escolares e esportivas e mais um milhão de coisas! Além disso, você deve anexar algumas fotos, uma carta escrita pelos seus pais, uma carta sua para a host family e no meu caso, foi pedido pra preencher um questionário sobre mim pelo professor de inglês, de matemática e uma outra pessoa próxima. Também deve conter a sua transcrição de notas, ou seja, transformar suas notas (em números) do Brasil para em letras, pois é assim o sistema de pontuação nos Estados Unidos. Outra coisa é a parte médica: informações sobre alergias, possíveis doenças e cirurgias anteriores + cópia do cartão de vacina. Ufa!!
Acho que nunca tomei tanta vacina e fiz tanto exame na vida...
Dica: Quando te falarem "não deixe pra última hora", acredite!!

5 - Quando você entrega o application, no meu caso, foi só esperar. Algumas semanas depois recebi um email dizendo que tinha sido aceita na minha primeira opção de destino, isto é Morgan Hill (a minha segunda era no Gilbert, Arizona). Tomei mais algumas vacinas requisitadas por eles. Esperei, esperei, esperei, até que.. HOST FAMILY!!!

O caso curioso da descoberta da minha HF:
Certo dia, recebo um pedido de amizade no Facebook, normal né. Quando fui ver quem era, curiosamente, era uma menina de Morgan Hill. Eu dei uma leve surtada, afinal aquela poderia ser uma possível host sister. Eu mandei uma mensagem contando que aquilo era uma coincidência e perguntando como ela tinha me achado. Nada. Esperei, esperei e não tive resposta. Em seguida, recebi um pedido pra me seguirem no instagram.. Quem era? A mesma menina! Eu já tava achando aquilo tudo muito estranho e tava esbanjando curiosidade. Até que ela comentou na minha foto "Hey :) if you didn't know I'm your host sister". Pronto. Mariana surtou. E correu pra falar com ela, óbvio.
Na mesma semana a CI me mandou todas as informações sobre a querida host family!

6 - Visto de estudante

Você precisa tirar o visto de estudante, além do passaporte, já que o visto de turismo não serve para a sua estadia de meses e meses no EUA. São dois dias de muuuitas filas...

7 - Contato com a HF e compra de passagens

Eu comecei o contato com a host family trocando mensagens com a minha host sister, a gente já se deu muito bem de cara, o que foi a maior alegria! Algumas semanas depois, conversei pelo skype com todos eles. A minha host family é um casal com 4 filhos, sendo que dois estão na faculdade, e por isso não moram em casa! Foi muito legal, eles foram uns amores e estão tão anciosos quanto eu! Eu tava pouco nervosa, só um pouquinho sabe... só que não.
Dica: compre presentes pra sua host family, é sempre bom um agrado bem brasileiro!

8 - Malas, criar um diário de intercâmbio rsrs e embarque!!

Bom, não falei todos os detalhes dos detalhes, mas quem quiser saber mais ou for um pré-intercambista, sugiro que olhem os vídeos da Giovanna Oliveira no youtube!
O diário de intercâmbio dela chama Lá no Gringo e é um vlog  bem descontraído e ela conta tudinho!! Aproveitem pra conferir um pouquinho da experiência dela também, que vai ser na Carolina do Sul!

É isso, boa sorte pra quem quiser embarcar nessa! Qualquer dúvida é só perguntar :)

Mariana Bresciani